quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Lembranças ou apenas sonhos?


Um punhal cravado num peito frio,
Tão seco era o sangue,
Que não mais manchava a mão dos anjos.

Jogaram sua flores em meio ao rio,
E antes que a Lua pudesse aquecê-la,
Já tinham voado para longe dali.

Os cavaleiros se ajoelharam diante a chegada de um senhor,
O pergaminho ancião, os rituais cheio de expressões nubladas,
Tão niilista quanto aquela madrugada.

A alma do jovem suicida não puderam salvar,
Pois a muito a luz já tivera chegado,
E o trono do universo, mais uma vez, ficara vazio.

Vendo o fim, a princesa se envenenou,
E num instante lúcido de medo da morte, gritou:
- "Até logo, meu amor."

O funeral de puro luxo e silêncio,
Espadas apontadas para o horizonte,
A Lótus refletindo no céu.

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