sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Diálogo sobre Goticismo


- O que você acha dos góticos?
- Góticos são seres estranhos. Gostam da morte, e de escuridão, sangue, flores, crucifixos, velórios e marchas fúnebres. Não vejo algo bom nisso.
- O Gótico é muito mais que isso. O movimento Gótico surgiu na década de setenta/ oitenta, no Reino Unido. O estilo musical as vezes é chamado como "pós-punk". Você está certo, as letras geralmente falam sobre morte, e desilusão, e depressão, mas os góticos não são totalmente niilistas, acho que pelo contrário, usam a música para dar força para seguir em frente.
- Sério? Nunca vi góticos felizes.
- Não felizes, mas conformados. Eles acham que o mundo de hoje não é o mundo pra sorrir, dizer que a vida é bela, mas um mundo pra ser frio, preso em sua própria consciência.
- Você está falando do movimento gótico de nosso século, mas e a literatura gótica do séc. XVIII?
- A literatura gótica lembra bem o romantismo, senão é o próprio, em decadência. Contos medievais, de princesas e castelos, mas com um pouco de suspense e calafrios, e sem esquecer os sentimentos, o amor e o ódio, sentimento de pecado, a desilusão, etc.
- Tem alguma ligação as duas "eras góticas"?
- Não sei se o criador da cultura gótica dos anos oitenta tinha conhecimento sobre a literatura do séc XVIII, mas posso dizer que eles tinham a mesma alma. Mudaram os motivos dos conflitos, mas sempre com os mesmos problemas.
- Mas porque andar de preto? Quilos de maquiagem?
- Estilo. Como lembram o "pós-punk", ja era de se esperar tão choque na sociedade conservadora. Mas eles não sao agressivos ou vândalos, como muitos pensam. Góticos geralmente são anti-sociais, e gostam de lugares silenciosos, como cemitérios, bosques e lugares escuros.
- E esse movimento Gótico existe até hoje?
- Eles chamam de movimento Gótico o que surgiu nos anos oitenta. O som daquela época era baseado em punk, rock 'n roll, e o começo da música eletrônica. Portanto qualquer estilo de música ou arte, que fuja desses parâmetros, não é considerado Gótico, e sim, tem influências Góticas, como é o caso do Metal Gótico, surgido nos anos noventa.
- Não conhecia essas teorias sobre goticismo.
- O Gótico faz parte da história, da música, da literatura e da arte.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

O fluído e recipiente - O suicídio


Tenha "fluído" como energia vital, ou aura, ou ectoplasma, como queira chamar. E "recipiente" como corpo físico, corpo material.
O que quero neste post não é falar essencialmente sobre fluido vital e corpo físico, mas sim sobre um assunto que se baseia no rompimento forçado da ligação desses. O suicídio.
Considerando que temos um "sentido" que nos livra dos perigos e ameaças , e que tendemos a conservar a vida, tirar a própria não parece algo tão lúcido.
Geralmente os suicidas colocam fim a própria vida, com a desculpa que não viam o propósito, sentido, não sabiam o que buscar, e se destroem pensando em acabar com a angustia, ou sofrimento que os afligem.
Mas se pensarmos um pouco a respeito do necessário para uma vida, veremos que o corpo não vive sem a mente, e vice-versa. Se um ser se mata, ele acaba com o corpo, e a mente, então, não terá onde existir, e nem motivo para tal.
Se ele pensou que se matar iria livrar-lhe das dores, se enganou, pois quando a vida é interrompida em tempo errado, ou não preparado, a mente perde os sentidos, e tudo o que se tem é vazio e escuridão.
Há varias teorias sobre o que o ser se torna depois do suicídio.
Uma delas diz que a vida é dada e só pode ser tirada por Deus, o ser, ao tirar a própria vida, vai direto para o inferno, onde terá que sofrer o que o agonizava em vida, mas dessa vez, por toda eternidade.
Outra diz que, e essa considero mais coerente, o suicida, depois de bom tempo dormindo, até recuperar a consciência, e conseguir se lembrar o que era em vida, fica em um lugar escuro e frio, como seus pensamentos. E somente quando lembrar dos lados bons da vida, como o amor e a paz, consegue ser maduro o suficiente para pedir ajuda. Assim, voltas em próximas existências, com certas deficiências corpóreas, até seu fluido vital, sua mente, que ele mesmo destruiu, se recuperar.

Então, compensa ou não, acabar com o sofrimento, pondo fim a própria vida?
Estamos aqui para aprender a conviver com as pessoas, em grupos, família e amigos. Compreender algo fora da nossa mente, fora do nosso entendimento.
Não passamos por aqui apenas para nascer, crescer, se reproduzir e morrer. As plantas fazem isso melhor que nós. Estamos aqui para fazer história; trazer o avanço intelectual e tecnológico, e acima de tudo, promover o amor e o bem.