quarta-feira, 26 de maio de 2010

Lembranças, por acaso...


Peço uma dose de sangue de dragão,
Daqueles que vem com os olhos no fundo da taça.
Vejo as pessoas sentindo medo,
E pensando:
- Quem será que está atrás daquela fumaça?

O sereno sombrio e eterno casulo,
Se esconde onde jamais procurarão,
Ninguém lembraria do passado,
Quando, que por acaso,
Ali só à escuridão.

Na taberna expremem -se os vermes,
Tolos e ridiculamente apaixonados pela vida.
Se não me entendem, porque nem procuram entender,
Ao ver me tomando a imaginação,
Quem dirá ser louco um vampiro,
Ou um caçador de dragão?

Vitorias são cantadas a todo tempo.
Nem precisamos obrigatoriamente ganhar.
Te elegem o líder supremo,
Mesmo com a cara mais débil,
E desprovida de inteligência,
Que não usa de rimas,
Que não usa de métricas,
Que faz do movimento moderno sua principal falta de personalidade.

É essencialmente niilista e fraco,
Um sentimento e um fardo,
Pensamento de que a vida tem de existir.
Senão pensas assim,
Egoísta, e estúpido, um suicida potencial.
Será lembrado por gerações como o fracasso.

E se viveres,
Engolindo a poeira que ficastes,
Olhando a porta entreaberta que outros deixaram,
Tomando seu imaginário sangue de dragão,
Numa taberna, localizada no canto mais escuro de seu quarto.
Também serás lembrado como o fracasso.

Ah, como queria que certos tempos voltassem...

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